Qual a Única DST que Não Tem Cura?

Dst Que Não Tem Cura

As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), também chamadas de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), são causadas por bactérias, vírus ou parasitas. Algumas dessas doenças podem ser tratadas e curadas com medicamentos, como a sífilis e a gonorreia.

No entanto, existe uma DST viral que não tem cura até o momento: o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Neste artigo, discutiremos por que o HIV não tem cura, suas formas de transmissão, como preveni-lo e como é possível viver com a doença.

O Que é o HIV?

O HIV é um vírus que ataca o sistema imunológico, mais especificamente as células CD4, que são responsáveis pela defesa do corpo contra infecções. Ao longo do tempo, o vírus destrói essas células, enfraquecendo o sistema imunológico e deixando a pessoa vulnerável a infecções oportunistas e outras doenças.

Se não tratado, o HIV pode evoluir para a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), o estágio mais avançado da infecção, onde o sistema imunológico está gravemente comprometido.

Por Que o HIV Não Tem Cura?

Embora os tratamentos tenham avançado muito desde a descoberta do HIV, ainda não foi desenvolvida uma cura definitiva. O principal motivo para isso é a capacidade do vírus de se esconder em “reservatórios virais” dentro do corpo.

Esses reservatórios são células onde o HIV permanece inativo e protegido do sistema imunológico e dos medicamentos antirretrovirais. Mesmo quando o tratamento suprime o vírus no sangue a níveis indetectáveis, ele continua presente nesses reservatórios, pronto para se reativar se o tratamento for interrompido.

Atualmente, os tratamentos disponíveis para o HIV não eliminam o vírus do corpo, mas controlam sua replicação, permitindo que as pessoas infectadas vivam vidas longas e saudáveis, desde que sigam o tratamento corretamente.

Como o HIV é Transmitido?

O HIV é transmitido principalmente através de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas ou agulhas contaminadas, transfusões de sangue infectado (embora esta forma de transmissão seja rara devido ao rigor dos testes de sangue), e de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação.

Principais formas de transmissão do HIV:

  • Relações sexuais desprotegidas (vaginais, anais ou orais);
  • Compartilhamento de agulhas e seringas;
  • Transfusão de sangue ou produtos derivados contaminados;
  • Transmissão vertical (de mãe para filho).

O uso de preservativos é uma das formas mais eficazes de prevenção da transmissão sexual do HIV. Além disso, o uso de seringas esterilizadas e a testagem regular de gestantes ajudam a prevenir outras formas de transmissão.

Tratamento do HIV: A Terapia Antirretroviral (TARV)

Embora o HIV não tenha cura, a Terapia Antirretroviral (TARV) permite que as pessoas infectadas vivam de forma saudável e com uma expectativa de vida semelhante à de pessoas não infectadas.

Os medicamentos antirretrovirais agem suprimindo a replicação do vírus no organismo, reduzindo sua carga viral a níveis indetectáveis. Isso significa que, além de proteger a saúde da pessoa com HIV, o tratamento também impede a transmissão do vírus para outras pessoas, uma vez que a transmissão sexual é praticamente eliminada quando a carga viral é indetectável.

É importante destacar que, para que o tratamento funcione de forma eficaz, ele deve ser tomado diariamente e conforme as orientações médicas. A interrupção do tratamento pode resultar no aumento da carga viral e no risco de transmissão, além de permitir que o vírus danifique o sistema imunológico.

A Prevenção é o Melhor Caminho

Como o HIV não tem cura, a prevenção é fundamental. Além do uso de preservativos, que é uma medida essencial, outras estratégias de prevenção incluem a profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia pós-exposição (PEP). 

PrEP: é um medicamento que pode ser tomado por pessoas que estão em risco elevado de contrair o HIV, como profissionais do sexo ou indivíduos em relacionamentos sorodiscordantes (quando uma pessoa é soropositiva e a outra não).

PEP: é um tratamento emergencial que deve ser iniciado até 72 horas após a exposição ao HIV, como no caso de uma relação sexual desprotegida ou acidente com agulhas. O tratamento é feito com medicamentos antirretrovirais e deve ser tomado por 28 dias.

Ambas as formas de profilaxia são altamente eficazes na prevenção da infecção pelo HIV, mas não substituem o uso do preservativo.

Vivendo com o HIV

Nos dias de hoje, viver com o HIV é muito diferente de como era no passado, quando o diagnóstico era frequentemente associado a complicações graves e mortes prematuras. Graças ao avanço dos medicamentos antirretrovirais, muitas pessoas soropositivas conseguem manter uma excelente qualidade de vida. É possível trabalhar, estudar, ter relacionamentos afetivos e até formar uma família.

O preconceito em relação ao HIV, no entanto, ainda é um desafio para muitos. Campanhas de conscientização e educação sobre a doença são importantes para reduzir o estigma e garantir que pessoas vivendo com HIV possam acessar o tratamento e apoio de que necessitam.

Conclusão

O HIV continua sendo a única DST que não tem cura, mas os avanços no tratamento, como a terapia antirretroviral, permitem que as pessoas vivam com o vírus de maneira saudável e reduzam drasticamente o risco de transmissão. A prevenção é a melhor estratégia para combater a propagação do HIV, seja por meio do uso de preservativos, profilaxias ou testagem regular. Para mais detalhes sobre outras DSTs, é possível consultar o catálogo de doenças, que oferece informações detalhadas sobre as infecções mais comuns.

A batalha contra o HIV ainda não terminou, mas o conhecimento, a prevenção e o tratamento adequado são nossas principais armas para controlar e, um dia, erradicar essa infecção.

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