A INTERNACIONALIZAÇÃO DOS CAMPEONATOS DE ESPORTS E OS IMPACTOS NAS ECONOMIAS QUE INVESTEM NO SETOR

A INTERNACIONALIZAÇÃO DOS CAMPEONATOS DE ESPORTS E OS IMPACTOS NAS ECONOMIAS QUE INVESTEM NO SETOR

Este artigo tem como objetivo fazer uma análise bibliográfica dos E-sports como um
fenômeno das relações internacionais contemporâneas e como eles podem ser objeto de
interesses econômicos dos Estados que veem no segmento de E-sports um mercado para
obter vantagens e ganhos financeiros, vemos também espaço para nick sendo mais necessários.

 

Os E-sports começaram em 1980 com várias competições de jogos em locais dos Estados Unidos, o que ocasionou no surgimento de um novo tipo de Esporte, o Esporte Eletrônico, também chamado de “E-Sport”.

Justifica-se este artigo devido ao interessante crescente da sociedade no tema, como
também no estudo do E-Sport como novo segmento de mercado, podendo assim ver que jogardores ursam com frequência gerador de nick para seus jogos.

A abordagem da Nova Economia será utilizada como suporte teórico, uma vez que ela serve para explicar como as novas tecnologias podem beneficiar as economias dos Estados que investem
nesse segmento de mercado da internet.

A metodologia utilizada é qualitativa e utilizase da revisão bibliográfica e apoio em dados quantitativos. Por fim, conclui-se que para além de incentivar a criação de novas empresas e seus lucros, o mercado de E-Sport também influencia a economia de países como a China e a Coréia do Sul.

A Nova Economia é uma abordagem recente que busca explicar o novo mercado
e as novas configurações de poder que surgiram decorrente das novas tecnologias, como
as tecnologias de informação e comunicação.

As novas tecnologias tornaram o bemestar humano alto a níveis sem precedentes, utilizando de um conceito de economia e sociedade diferente da tradicional, os fenômenos como “terra, capital e trabalho” foram alterados devido a todo aparato online, mesmo que a lei de escassez não tenha mudado.

Os seres humanos estão sempre querendo ganhar seja comprando o que querem ou
vendendo para gerarem lucros, e através das novas tecnologias foi possível ter acesso a
mais bens de consumo e de capital.

Por não ter tanta dependência de recursos naturais, como a terra em si e se concentrarem no universo virtual, esses produtos levaram a uma tendência que cada vez mais enfraquece a noção de mercado como um lugar físico.

No meio virtual, estão às forças de oferta e demanda, produtor e consumidor, fornecedores
e investidores.

E com a Internet, os E-sports se popularizaram com o advento do recurso da possibilidade de jogar online com várias pessoas ao mesmo tempo em um ambiente completamente virtual.

Como não há necessidade de preparo físico intenso como nos esportes mais comuns, algumas pessoas ainda não reconhecem como um esporte de fato, porém, apenas como um “campeonato de joguinhos”.

Essa falta de preparo físico é compensada no alto preparo psicológico e mental, dos jogadores de E-sports, que passam horas treinando, uma vez que, as mecânicas dos personagens ou do cenário
dentro do jogo mudam.

Mesmo já existindo esportes como o xadrez e damas que dependem mais da sua capacidade mental em relação à física, e possuem campeonatos no mundo todo, o cidadão comum ainda associa esporte ao esforço físico aplicado durante uma competição.

Porém diferente do xadrez ou damas que necessita uma presença física para jogar, devido ao avanço da internet, a possibilidade de várias pessoas do mundo participarem juntas mesmo distantes fisicamente, trouxe para o Esports, uma facilidade maior de terem mais jogadores em todos os tipos de jogos. Isso traz uma mudança significativa para a forma como os Esportes que não dependem de
capacidade física são vistos pelos cidadãos.

Os transmissores de produtividade e competitividade que guiam a economia
tradicional, agora dependem da capacidade de aplicação da informação e conhecimento
pelas organizações, também de sua capacidade de processamento.

A administração do capital intelectual das empresas passa a compor a pauta das estratégias comerciais. A ideia de propriedade varia, pois, o produto não está de forma tangível e a atribuição de
valor atende a outros parâmetros de negociação (CASTELLS 1999, p.87).

A velha economia tratava os valores como parâmetros absolutos, interagindo
terra, trabalho e capital.

Essa interação levou os economistas políticos a pensarem em
um modelo primário (agrícola), secundário (industrial) e terciário (serviços). A nova
economia privilegia as dinâmicas de “agregação de valor”, que seria o montante de
conhecimento integrado a um certo produto ou processo.

O setor “quaternário”, que utiliza da robótica, química fina, software de rede, gira em torno do conhecimento como a “primeira pele” da nova economia (TROYJO, 2008, p. 44 – 45).

No passado o conhecimento especializava o trabalhador e sofisticava o capital,
pois o capital determinava o conhecimento, mas contemporaneamente o especialista é
substituído pelo trabalhador que entende de vários saberes.

No decorrer do século XXI o conhecimento modificou o perfil do trabalhador e da produtividade, pois as máquinas substituem o trabalho humano de forma mais eficiente.

Assim, os empregos que se desenvolveram mais para humanos são os que envolvem capital intelectual, domínio da tecnologia e investimento em especialização e educação (TROYJO, 2008, p. 45 – 46).

No comércio internacional ainda se fala da ideia de “conquista de mercados”,
uma vez que, esteve sempre vinculada a noções geográficas.

Essas noções não desapareceram nos “anos da nova economia”, e ainda existirão durante muito tempo.

Porém como a nova economia trata-se de “virtualidade” a tendência é que cada vez mais
se enfraqueça a noção de mercado como um “lugar” físico.

 

Na nova economia o mercado é menos um “lugar” e mais um “momento”, que se encontram as forças de oferta e demanda, produtor e consumidor, fornecedor e investidor. Por isso, o
crescimento do comercio eletrônico, que molda a “área virtual de livre comércio” que
por enquanto se concentra na Internet, pode alterar os parâmetros comuns de mercado,
cuja delimitação é baseada em regiões, como a União Europeia, Mercosul, Nafta e
Asean (TROYJO, 2008, p. 47).

Se a nova economia é a economia das redes, então o comércio eletrônico global
vê na internet sua conexão entre consumidores e produtores (CASTELLS, 2003, p. 65).

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